sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Chris Christmas Rodriguez!!!..???






Feliz Natal para todos :)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Music To My Ears

Sob o risco de ser severamente criticada pelos entendidos da área de música cá do blog, devo dizer que foi mais forte do que eu fazer este post!
Apenas sei do que gosto, e gosto muito destas duas senhoras que se seguem:

1. Desde que ouvi "Hometown Glory", single do seu primeiro disco, fiquei agarrada! E o segundo albúm 21 também não decepcionou! Fica aqui "Rolling in the Deep" para todos apreciarem o talento de Adele.



2. Não foi amor à primeira, nem à segunda nota. Mas à medida que a fui ouvindo, fui gostando cada vez mais da voz inconfundível de Miss Florence! "Shake It Out" de Florence and the Machine.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Breakfast at Fnac


Hoje de manhã (domingo) tive de ir à baixa e decidi tomar o pequeno almoço por lá. Visto ser uma das minhas refeições favoritas, queria escolher bem o local onde pedir a minha meia-de-leite e a sua fiel torrada a acompanhar.

Tinha várias opções, entre elas a confeitaria Ateneia, o Di Roma ou o Majestic... Ainda espreitei o armazém do Café mas como estava fechado acabei por ir ao café da Fnac. Shame on me.

Depois de instalado e já com café nas veias, comecei a matutar no que me fez dar preferência ao café daquela grande multinacional em detrimento dos cafés típicos e característicos da cidade que eu adoro. Não foi o espaço (que é fechado e sem janelas) nem o preço muito em conta, penso que inconscientemente foi um conjunto de pequenas razões: ter a certeza que este espaço estava aberto àquela hora (porque está sempre (!!) aberto), saber que vou ser atendido por um empregado bem disposto, ter a certeza que não vou esperar 20 minutos e o café vir frio, saber que o espaço vai estar acolhedor com aquecimento, música ambiente e os melhores jornais e revistas à disposição.

Estou disposto a dar uma oportunidade ao comércio/restauração tradicionais, mas têm que a merecer! No entanto tenho que dar a face, está a melhorar muito! Mas por favor abram ao domingo, cedo! E fechem tarde, todos os dias! E invistam na decoração e na formação do staff! E N Ã O poupem no aquecimento, para não ter que voltar a jantar com o sobretudo vestido (já aconteceu e não foi num restaurante qualquer, foi num dos mais embemáticos do Porto).

Da próxima vez vou ao Macdonald’s (shame on me, again) vou pedir um café to-go e vou sentar-me na praça dos Aliados a bebericá-lo! Sim, porque o pessoal da Ateneia ainda acha que é muito “rasca” ter copos de papel.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Cada caso é um caso

Costuma-se dizer que não há doenças, há doentes, ou seja que cada caso é um caso... Pois bem, acho que em termos de política social e corporativismo se passa o mesmo.

Na Suécia, li hoje, quando um sueco está desempregado, evita até admitir-se como tal e é o sindicato que lhe paga o subsídio de desemprego. Nenhuma destas coisas se passa em Portugal. No nosso país estar desempregado é visto de bom grado por grande parte das pessoas, porque recebem o subsídio, são até mais espertos que os "burros" que andam a trabalhar por quase nada. Além disso os sindicatos são autênticos pesos mortos na economia e na sociedade cujo único objectivo é auto-perpetuarem-se.

Obviamente nem toda a gente é como descrevi (apesar de arriscar que todos os sindicatos o são) mas o ponto onde quero chegar é que não podemos querer ou amditir que um modelo social "sueco" altamente solidário e redistributivo funcione em Portugal como funciona noutros países. Porque as culturas muito simplesmente são diferentes.

Era a mesma coisa que agora a ASAE obrigar as pessoas a comer com pauzinhos. Há que adaptar a realidade das necessidades, que admito que as há, à realidade do país.

(Prometo que foi o último post de política de 2011 :p)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Não custa pedir...

O fado é património imaterial da Humanidade. Duas coisas rápidas.

Primeira, agora toda a gente gosta muito de fado, ouve fado, sempre foi um fã de fado desde pequenino. Há fado no metro, há cartazes na rua. Daqui a 6 meses já ninguém se vai lembrar do fado.

Segunda, mal o fado é património imaterial da Humanidade espetam logo outra candidatura, a do cante alentejano (ah?!). Português é assim mesmo, dá-se a mão pede logo o braço. Vamos lá ter noção do ridículo.

PS: actualizei o interface do blogger...Nota-se algumas coisas diferentes mas nada de material acho eu...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Restaurantes com IVA a 23%

Já repararam o quanto hipócritas são os empresários portugueses do sector da restauração? Para tentar evitar a sua “desgraça” agitam com a bandeira dos despedimentos, com o aprofundar da já actual crise do sector e a última é a greve de “boas práticas” (se não é assim é parecido) afirmando que deixarão de se preocupar em cumprir as suas obrigações fiscais... Mas desde quando é que se preocuparam com isso?

Não quero dizer que devemos pensar, já que fogem aos impostos vamos aumentar-lhes as taxas, mas todos sabemos que a restauração foge escandalosamente aos impostos (e a culpa, em parte, é nossa que não pedimos factura do café, falo a sério!) quer o IVA seja a 13% ou 23%.

E já agora um cálculo simples: o meu almoço de “trabalho” custa-me 4,5€, vai passar a custar 4,9€, dá uma despesa adicional de 8,8€/mês, não é dramático. Um jantar ao fim-de-semana custa-me 15€, passará a 16,33€... Descansem senhores empresários da restauração, também vou continuar a jantar fora, eu e todos os portugueses que já antes o faziam!

By the way: na quarta fomos ao Cafeína Wine and Tapas... Ui, ui, que bom! A comida impecável, e o ambiente melhor: apesar dos 10Cº, comemos na esplanada ao lado do aquecedor a gás. Morcela com maçã cozida, folhado de alheira com compota picante e porco preto com migas de tomate. Recomendo, é top!

domingo, 27 de novembro de 2011

O Porto, cada vez melhor!

Cada vez tenho mais orgulho em viver no Porto, e pelos vistos parece que tenho boas razões para isso!! Tenho a sensação que a cidade está cada vez melhor, com mais ofertas a todos os níveis e que se desenvolve sem querer imitar outras cidades ou com manias das grandes metrópoles. Isto para introduzir um artigo escrito para o The New York Times, sim o The New York Times! O jornalista vive em França, passou 36 horas no Porto e ficou banzado com a nossa cidade!

Chek it out: http://travel.nytimes.com/2011/11/27/travel/36-hours-in-porto-portugal.html?scp=1&sq=oporto&st=cse

sábado, 26 de novembro de 2011

UUUUUU(2)

Nunca gostei dos U2. Admiro a longevidade da banda e há algumas músicas com as quais me identifico muito porque me trazem boas recordações, como a "sweetest thing" me faz lembrar um estágio da natação com o pessoal da selecção regional (1998 acho eu).

Admito que têm músicas boas mas não fazem o meu género, pronto.

Agora o que posso criticar mesmo é o facto de estarem a ficar cada vez mais washed out, cada vez mais comercial até ao ponto de ficar basicamente uma máquina de imprimir dólares...Até o nosso amigo/guru/João já foi apanhado nessa febre (o gajo vai-me crucificar :p)

Por exemplo os Stone têm tudo o que têm os U2 MAS não ficaram tão washed out como esses últimos...

sábado, 19 de novembro de 2011

Revista de imprensa

"Há mais portugueses a criticar as agências de rating do que os que sabem que elas existem"

... Era este o título de uma notícia do Jornal de Negócios num dos dias da semana passada. Apenas 51% sabe o que são, mas 59% critica as ditas. Há ali 8% que não sabem o que são mas, claro, não concordam...
Ora, se é verdade que ninguém é obrigado a saber o que é uma agência de rating, também é verdade que quem as critica sem saber do que fala revela uma dose considerável de estupidez.

Das duas umas, ou de facto se informam ou então não "botem abaixo" só pelo prazer do "bota a baixo"...



Continuando na análise de imprensa, no outro dia, um colega de trabalho mostrou-me uma pérola: o Correio da Manhã tem uma espécie de motor de busca de mortes violentas, com a localização geográfica, ano, sendo que a minha característica preferida é "causa da morte" onde podemos ler "degolada, facada, atropelamento" etc . Aqui, a minha favorita é "tiro de caçadeira" e "golpes de foice".

Por acaso ambos os jornais são da Cofina, mas o CM tem uma tiragem muito maior que o JN e é dos mais lidos em Portugal.

Para quê ficar-se deprimido a aprender o que é uma agência de rating quando se pode ficar divertido a ler "asfixiada com cinto".

terça-feira, 1 de novembro de 2011

iPhone

Encontrei este video enquanto andava à procura de uma solução para o despertador do meu iPhone. Acreditam que o despertador do meu telemóvel ainda está na hora de verão e não há forma de corrigir este bug?? E pelos vistos o iPhone 4 tem o mesmo problema... Como sou um gajo com fairplay, deixo-vos um video a cascar forte e feio na Apple. Tenho que reconhecer que está muito bom! :)
Nando, delicia-te!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Istambul através da lente de uma Lomo






(Direitos reservados à Joana M.)

domingo, 4 de setembro de 2011

Av...


...Avan...Avante. Fui ao Avante :)

Gostei muito do ambiente apesar de alguns fanáticos esporádicos que de vez em quando surgiam... Mas em geral é só pessoal fixe e simpático. Come-se muito bem, tal como me tinham dito e as coisas são baratas! Tem várias barracas, pertencentes quer aos vários partidos comunistas do mundo, quer às várias delegações comunistas de Portugal.

A barraca de Gondomar estava fraca...Na de Moçambique provei maçaroca assada na brasa bem bom! Na da Galiza (estavam separadas, Galiza, Catalunha e Espanha) provei um café alcoólico que já não me lembro o nome mas era muito FORTE.

Quanto à motivação política do festival (ou festa) está bem presente mas não é nada asfixiante...

Achei muita piada à Carvalhesa, que não conhecia... Basicamente é é uma canção/hino (sem letra) que de vez em quando explode pelos altifalantes do recinto, e toda a gente desata a saltar como loucos...E tão depressa surge como pára. Sendo mauzinho, parece que todos aqueles camaradas ficam num transe psicadélico durante aqueles minutos...(eu fiquei imune, tomei vários antídotos ao longo dos anos). Sendo bonzinho, a Carvalhesa é apenas um bom motivo para todos desatarem a dançar em conjunto!

Ah, e há uma passagem digna de registo: Fomos à festa com um amigo galego (que nos indicou o café). A certa altura ao passarmos por uns artistas de rua a Joana disse mais ou menos isto "numa próxima vida quero ser comunista e andar por aí, como artista etc (aka, activista)", ao que o nosso amigo respondeu "..hum, então precisas de um pai rico, capitalista, que te financie essa estilo de vida". Ainda não tinhamos sequer entrado no Avante nessa altura. Acho que numa frase ele conseguiu resumir tuuuudo.

Sei que não falei da música... Na verdade, isso era algo secundário. Mas digo-vos, os comunistas são muito pontuais, todos os concertos a começar e a acabar há hora marcada, não há cá encore nem nada, 10 min para trocar de banda, muito bem...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Férias 2011

Já que toda a gente anda a colocar fotos das férias também vou fazer. Vou dividir em 2 posts e para já a 1ª parte das férias em Marrocos. Não há qualquer trocadilho é Marrocos verdadeiramente. :)

Início da ofensiva sobre os mouros



















Descanso do guerreiro














Oujda














Vista para a Argélia



















Infiltrado no meio dos mouros














De mão dada com o eusébio














Treinos para as batalhas da época 2011/2012.














Espalhar a fé sobre os mouros

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

'got coffee?






E pronto, agora a minha vida está mais perfeita. Vai sair o café Starbucks em cápsulas (no kidding)!! Não é mesmo da Starbucks, mas sim em parceria com outra cafeeira norte americana. Para já só nos EUA e Canadá. E perguntam vocês, “como raio foste tu descobrir isto? Que raio é que isso interessa?”



Ok, esqueçam o que disse…Porque na verdade nem gosto do expresso deles, mas sim de tudo o resto (lattes!) e principalmente da cultura que eles representam. Já agora, como marketter de bancada que sou, ficam aqui os logos deles ao longo dos anos. Acho que estragaram tudo com o último!

E pronto, foi este o momento globalização-imperialista-capitalista da semana. No Domingo, vou postar o momento comuna-comuna-comuna da semana, aguardem.

domingo, 28 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

cutchi cutchi



Ok, pela primeira vez, isto vai andar um bocado para a lamechiche, para tentar puxar as Joanas* de volta para o blogue (Ca’mon!)…
Como devem ser conduzidas as relações? Como devem começar? Como devem acabar? Vale tudo, ou as pessoas ainda se devem conhecer como antigamente?

A questão é, o que é o antigamente? Antes do Facebook? Antes das sms e telemóveis? Antes do mirc? Antes do telefone? Concerteza era ridículo os namoros por carta…Mas agora por email não é muito diferente. Mas há um certo romantismo nas cartas que não há nos emails… Só porque é moderno e as cartas são já kitsh…Acho que, como tudo na vida, o importante é não exagerar. Duas pessoas têm que se conhecer bem pessoalmente, as palavras escritas são bonitas, mas escondem muita coisa. Tal como o cara a cara também é bonito mas há coisas que só se consegue dizer escrevendo.

Hoje, (a maior parte dos) os relacionamentos estão desvirtuados, diluídos em imenso ruído de fundo. Fofoquices, comentários laterais. Por culpa dos próprios.

Há dez, trinta anos (a maior parte dos) os relacionamentos era desvirtuados, opacos. As pessoas não se conheciam. Por culpa nem sempre dos próprios.

Apesar de tudo, talvez estejamos melhor hoje.

*Deve ser tão irritante para vocês ouvirem isto como eu e o meu irmão ouvirmos "os gémeos". É a chamada perda de identidade, auch!! Desculpem :p

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Barcelona!!












Foi bom mas já acabou!

Desafio

Lanço um desafio. Quem consegue comer, sozinho, uma francesinha em menos de 1h? Agora a pequena dificuldade que não pode ser uma francesinha qualquer. Será a mega-francesinha do restaurante Verso em Pedra em Miragaia. Pago o jantar ao herói e ainda recebe um presente à escolha no montante de 50€. Se não conseguir o candidato a herói terá que me oferecer o casaco oficial desta época do FC Porto. Alguém se inscreve?

Para ajudar na decisão deixo uma foto do objecto em desafio.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Explicação que faltava

Agora sim o mundo do desporto tem tudo para ser justo. Todos temos acesso à mesma informação.

sábado, 6 de agosto de 2011

Just a thougth.

Vi esta foto no blog www.thesartorialist.com e pensei em fazer um post sobre um aspecto social que (quase) só se verifica no nosso país: porque é que as pessoas não vivem mais as cidades?

Penso que esta imagem, da jovem a ler e a beber na rua, mais propriamente sob um corrimão (!!) da escadaria para o metro, nunca poderia ter sido captada em Portugal. Foi tirada na grande maçã, mas nem precisava de vos dizer isto, certo? Em Lisboa já se vê um pouco este estilo de vida mas nem de perto chega a cidades com Nova Iorque, Londres, Berlim, Madrid etc.

Não me parecer que é por não termos as infra-estruturas necessárias: temos uma baixa da cidade que melhora todos os meses, um parque da cidade fantástico, um faixa costeira de centenas de quilómetros, um clima excelente e mesmo assim parece que toda a gente se enfia em casa ou nos shoppings (guilty!). Um Nova Iorque é natural ver-se empresários a comprar na rua hot-dogs e saboreá-los mesmo ali, sentados nas escadas mais próximas. Em Berlim ou a na sub-desenvolvida Praga (será mesmo?) as ruas estão constantemente apenhadas de gente apesar de anoitecer às 17h e terem de suportar temperaturas de -10Cº. O Hyde Park enche-se todos os fins-de-semana mesmo com um nevoeiro assustador.

Acho que tudo aquilo que apontamos para ficar em casa não passam de desculpas que disfarçam a nossa preguiça e falta de sentido de comunidade. A prestigiada revista Monocle considerou Lisboa a 23º melhor cidade do mundo para se viver e acredito que o Porto também poderia figurar neste ranking se tivesse um pouco mais de “massa crítica”. Lá chegaremos.

(Este post foi escrito de acordo com a antiga ortografia, porque o novo acordo ortográfico irrita-me. lol )

terça-feira, 2 de agosto de 2011

As intenções são genuínas?

Terminada a fase mais crítica da revolução, os egípcios que acamparam durante meses na praça Tahrir, chamados pró-democracia, estão agora a ser empurrados pela polícia para fora da praça. Dureza? Não, vários civis não só literalmente aplaudiram esta decisão como alguns deles ajudaram mesmo a polícia a dispersar esses activistas.

Depois da revolução portuguesa, alguns "capitães de Abril" tiveram também alguns problemas em encontrar o seu lugar de volta na sociedade civil.

Correndo o risco de estar a generalizar:
As intenções dos revolucionários são sempre genuínas? É apenas um desejo de anarquia? É apenas a sua sede de poder a falar, mascarada por coisas mais altruístas? Ou é uma vontade realmente altruísta que a certo ponto descarrila para algo diferente?

Pessoalmente acho que a última hipótese é a que normalmente melhor se encaixa. Gosto de acreditar que os activistas começam com boas intenções, com o desejo de alterar o estado de coisas, para melhor, para diferente. No entanto, algures nesse processo, julgo que se vai desenvolvendo em muitos casos uma obsessão por poder ou uma crença que o seu ideal é o melhor. Existem estudos que provam que quando um indivíduo atinge determinado estatuto/poder na sociedade, passa a entender as suas capacidades como superiores ás do resto da população, faz parte da condição humana. Não servindo como desculpa, serve pelo menos como explicação.

Além disso, penso que a virtude desses indivíduos, que têm a coragem de lutar por um país melhor, acarreta com eles um defeito, um certo extremismo. Penso que muitas vezes não sabem quando terminar a revolução...E vão desde um extremo, até o outro, que toca o primeiro... Castro, anyone?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Catching a falling knife

O Estado tem uma habilidade para perder dinheiro incomparável. Vender por 40 milhões de euros algo que comprou (ou gastou) por 2400 milhões de euros. Estou a falar do BPN.

Neste momento tenho dúvidas que o banco valha apenas 40M. Primeiro porque a marca, apesar de tudo, é ainda valiosa. Depois porque apenas os depósitos são recursos muito valiosos nesta altura do campeonato. De qualquer forma, mesmo dando o benefício da dúvida admito que seja o preço justo.

E admito que a decisão de vender por menos do que outras ofertas que existiam, superiores a 100M, também tenha um racional, o do investidor adequado, idóneo etc.

Agora o que foi muito mal trabalhado foi a compra. Pois, um negócio tem destas coisas, é preciso comprar bem, não é só vender bem. E a compra e/ou o dinheiro que lá se enterrou para agora ter este desfecho é uma vergonha.

Agora o argumento do risco sistémico, dos depositantes, dos empregados.
Quanto ao primeiro argumento, quando se deixa muito claro, como ficou, que a nacionalização se prendia apenas com o facto de existirem fraudes, isto não dá lugar a risco sistémico. As pessoas correm ao banco quando há crise financeira e não quando há aldrabice num banco pequeno.
Quanto ao segundo argumento, para isso é que existe o fundo de garantia depósito, que se nunca entrar em funcionamento acaba por perder credibilidade. E existe o risco de se perder dinheiro com depósitos. Não existe tal coisa como taxa risk free. Podem de facto existirem pessoas que são defraudadas por bancários com menos escrúpulos que não lhes contam toda a verdade, mas para esses deveria haver lugar à indemnização e condenação respectiva. Mas isso dava para outro post, sobre a justiça portuguesa. Mesmo para as pessoas apelidadas de menos informadas, é acima de tudo uma questão de bom senso, por algum motivo o banco andava a dar taxas bem acima da concorrência... Mas a ganância é tramada. Além disso, o BPN era conhecido como o banco dos "ricos" e esses ricos supostamente tinham obrigação de ser pessoas financeiramente mas conscientes.
Quanto ao dos empregados que iriam ser despedidos...A tal proposta que ganhou, do BIC, compromete-se a manter apenas metade dos empregados, por isso não vejo qual foi a vantagem aqui...

Por último, há uma nuance, se nos próximos 5 anos os lucros do banco excederem 60M o Estado tem direito a 20% desse montante. Esta é uma cláusula usual neste tipo de negócios. Eu estou muito longe de ser um especialista em contabilidade mas sei o suficiente para dizer que é relativamente fácil ir mascarando os resultados para atrasar o reconhecimento de lucros... Basta atafulhar o banco de imparidades para crédito e outros custos upfront...E ainda dá uma imagem de gestão responsável, fica bem bonito...

Atletas e meninas



Quanto ao acidente, nem vale a pena comentar, as imagens falam por si... Resta só dizer que aquele arame é arame farpado e que o ciclista ainda a acabou a etapa e só depois.. É que levou 30 pontos na perna.

E depois temos as meninas do futebol, que sofrem uma falta e ficam a gemer no chão e ainda têm de sair das 4 linhas e receber tratamento.

Dopings à parte, numa volta a França as etapas são quase diárias, duram 5 horas, durante 2 ou 3 semanas. No futebol os jogadores queixam-se quando fazem 2 jogos por semana, sendo preciso "rodar a equipa" para os jogadores estarem frescos (what the fuck?!).

É o efeito preverso do futebol ser um desporto de massas, os atletas julgam-se uns reis. Ah, esperam lá, mas o ciclismo também é, em menor escala, um desporto de massas.

Então porquê esta diferença de comportamentos?

terça-feira, 26 de julho de 2011

The land of the free



Não sei se já tiveram oportunidade de perceber em conversa comigo, mas eu considero os Estados Unidos a democracia mais perfeita do mundo. Representa a defesa intransigente dos direitos cívicos, a manutenção de um grau avançado de liberdade económica que incentiva a livre iniciativa e um processo político que permite aos cidadãos saberem sempre qual o Congressista que o representa e o que aprova/chumba durante o seu mandato.
Todos os sistemas têm defeitos mas de uma maneira geral as características que referi permitiram construir um país rico e poderoso, com o mais elevado rendimento per capita, excluindo os países micro tipo Luxemburgo.

No entanto, nas últimas semanas os políticos americanos parecem ter entrado em modo suicida. Actualmente os EUA têm um défice de 1.3 triliões de dólares e a dívida está a aproximar-se dos 100% do PIB, cerca de 15 triliões. Eles têm um limite à dívida pública na Constituição de 14,3 triliões que será atingido na próxima 3ª feira, dia 2 de Agosto. Se aquele limite não for elevado até lá, os EUA entrarão em default.

Agora o pior. Não é normal que se deixe algo tão importante para a última da hora, mas tal acontece porque o partido Democrata e o Republicano não se entendem. No ano 2000, quando o Clinton saiu, registava-se um excedente de 400 biliões. Quando chegou Bush, imediatamente utilizou esse dinheiro para baixar os impostos aos 2% de americanos que auferem mais de 250.000 USD por ano. Depois vieram duas guerras, a crise, os pacotes de estímulo, etc.
O Obama quer reverter essas reduções de impostos simultaneamente que se efectua cortes na Segurança Social e outras despesas sociais enquanto os Republicanos exigem que não se aumentem os impostos para os contribuintes que mais auferem e se façam cortes mais elevados nas despesas sociais. E assim estão, já quebraram as negociações duas vezes e o relógio vai andando. Umas das propostas que está em cima da mesa permite o país incorrer em apenas a dívida adicional suficiente para aguentar mais 6 meses e nessa altura repete-se esta "dança". Entretanto, a bolsa e a Economia andam num pequeno pânico.

O problema deles é completamente diferente do nosso, e estou certo que o resolverão a tempo, mas é só para mostrar que às vezes um país é o seu próprio pior inimigo.

domingo, 24 de julho de 2011

Descobri a solução!!



Descobri a solução para pagarmos esta enorme dívida que temos perante o exterior! Porque é que não se vende as reservas de ouro que o país detém? Aproveita-se a cotação historicamente alta do ouro e vende-se tudo!! Eventualmente recomprava-se daqui a umas décadas 10 ou 20% mais barato...

Deve haver uma boa razão para não o fazermos, mas qual é??
Ajudem-me senão não vou conseguir dormir esta noite! ;)

domingo, 3 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Reservoir Dogs



Não consigo por a imagem maior...Mas basicamente mostra num gráfico o diálogo entre as personagens, o tempo de discurso de cada uma. Ou seja, mostra a complexidade de criar personagens com temperamentos diferentes num enredo em que todas pareceriam iguais. O efeito final é um grande filme que quase poderia ser uma peça de teatro.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

whatever

“Years back, my father had the life philosophy that he was young and poor so he might as well do whatever he wants.
Now, my father has the philosophy that he’s old and rich so he might as well do whatever he wants.
Either way, I think he’s got it right.”

...Demasiada filosofia?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Crisis Management

Só uma nota.

Vi mais uma vez esta palavra escrita algures e pensei, “é desta”. Este é dos conceitos mais intrigantes para mim. Como raio se gere uma crise, seja ela de que natureza for, se (quase) por definição uma crise é imprevisível?! Não se deve aceitar todos os efeitos de uma crise como inevitáveis, mas pensar que se pode prever e resolver todos os danos de tal acontecimento é igualmente insensato. Damage control, isso sim é um conceito que me é bem mais querido.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Playlist

Corrida!! Alguns de nós vamos participar na corrida de S. João. Eu ainda estou em dúvida devido a lesão mas de qualquer forma já estive a preparar a minha playlist para quem quiser copiar!




Aqui fica:
Os primeiros 10 minutos serão de XX (the intro), WhoMadeWho e Joy Division, para aquecer as pernas...
Depois, até os 45 minutos ,vai ser ao som de Artic Monkeys e Bloc Party. A partir daí prevejo já ir meio morto e vou recorrer a Black keys, Fischerspooner e Kasabian.
Se no final da “Vlad The Impaler” ainda não tiver terminado, estarei em maus lençóis e recorro a TV on The Rádio e HotChip. A última música, já na 1h30m é...Jimi Hendrix (para ouvir na ambulância).

PS: Factores adicionais de dificuldade: é no dia a seguir ao festejo do meu aniversário por isso terei mais um ano, mais uns kgs e menos umas horas de sono...No pain, no game.

terça-feira, 14 de junho de 2011

X-men: First class


O que dizer sobre o último filme da saga?! Para já, que não é o último mas o "primeiro". Achei engraçado como entretenimento e obviamente essencial para quem é fã das comics mas não trás nada de novo aos outros. Ainda por cima este deixa de fora o Wolverine (!!) à excepção de um clip que não demora mais de 2 segundos! Será que o Hugh Jackman exagerou no cachet que pediu?
De resto os efeitos especiais continuam muito bons e são duas horas de boa diversão!

(Para ser sincero acabamos por ir ver este filme porque o "Árvore da Vida" já estava esgotado. São os dois parecidos não são?!)

domingo, 12 de junho de 2011

ALL OF THE LIGHTS, ALL OF THE LIGHTS!!!!!!!!!!!!!!!

Este senhor é um génio. Kanye com um dream team que inclui Rihanna, Kid Cudi, Fergie, John Legend, Alicia Keys, La Roux, etc, e o resultado é espectacular. Para ver ou rever, com o som no máximo.

FACEBOOK

Disclosure: vou criticar o maior fenómeno do mundo contemporâneo, um sucesso entre miúdos e graúdos, uma enorme fonte de receitas, um propulsor de revoltas pró-democracia e ,mais importante de tudo, algo que não conheço bem: o Facebook.
Podem arremessar-me com os vossos argumentos mas quando lerem os meus baixem a guarda e digam-me o que vos faz estar no Facebook.

É certo que o Facebook é aquilo que nos quisermos que seja, depende do uso que lhe dermos mas a meu ver não passa de uma invenção fruto de uma casualidade, que depois foi aproveitada para satisfazer uma necessidade que ninguém tinha. Sim, verbo ter no pretério perfeito, porque agora já todos têm essa necessidade. Estão a ver os tablets? Ninguém precisava deles até alguém os inventar e o Facebook seguiu a mesma lógica. Quem viu o filme (muito bom!!) viu que a ideia era apenas arranjar uma companhia feminina, dito de forma simpática, mas a criação tornou-se num fenómeno e acabou por ficar descontrolada!

Detesto parecer-me com os velhotes rezingões mas se já tínhamos os e-mails, blogs, sites etc para quê o Facebook? Não consigo perceber e vocês já perceberam que não tenho conta nesta... nesta... Ah! Nesta “rede social”. Eu sou muito social, tenho 1.000 amigos, não conheço 500 deles, 200 não me conhecem a mim, nunca falei pessoalmente com os outros 200 e os 100 que restam nem sei muito bem como foram adicionados. E o pior é a cara de gozo/estupefacção quando digo que não tenho conta.

Tiago, viste as fotos das minhas férias?
Não, nem sabia que tinhas ido de férias.
Mas eu avisei no meu mural!! Vai ver as fotos.
Mas não tenho conta no Facebook.
?!!!?!!!?!!! O quê?! Oh pah, então deixa lá. Mas tenho pena que não possas ver.
Manda-me por mail ou põe no dropbox ou mostra-me no computador.
Oh... Abre mas é uma conta, deixa de ser antiquado!
E acabo por não ver fotos nenhumas...

Sim, dá para encontrar amigos que não vemos desde a escola primária. Precisamente aqueles que se encontrar-mos na rua fazemos de conta que não os conhecemos só para evitar a conversa de circunstância. Precisamente aqueles que vamos adicionar como amigos mas que nem nos passa pela cabeça combinarmos um jantar (uma hora a teclar serve perfeitamente o mesmo fim).
Conheço muita gente que faz uma utilização moderada e “racional” do Facebook mas também conheço outros tantos que são Facebook-dependentes, que de 5 em 5 minutos estão a actualizar o seu perfil através do iPhone, a fazer comentários sobre o estado do tempo ou de qualquer outra banalidade. Estou a almoçar, agora estou a trabalhar, agora vou sair do trabalho, agora espirrei. A não ser que sejam uma rock-star, ninguém quer saber, ok?!

Se fizessem um estudo para saber quantas horas as pessoas gastam (desperdiçam) do Facebook e um perfil social das pessoas que mais o usam de certeza que os resultados seriam surpreendentes Gastam não só uma boa parte do seu tempo livre como também gastam o tempo que não têm, prejudicando quem lhes é realmente próximo e o seu trabalho. Em termos de perfil social e psicológico penso que os resultados mostrariam uma pessoa insegura de si mesmo, com poucas ligações afectivas e uma vida profissional pouco ambiciosa ou mal sucedidos. Haverá excepções, mas não passarão disso mesmo: excepções.

O ano de 2010 e as revoluções no continente africano trouxeram um argumento de peso aos defensores do Facebook: sem esta rede social não seria possível coordenar diversos movimentos pró-democracia e tornar estas revoluções bem sucedidas. Pois bem, se me disserem que facilitaram as revoluções posso aceitar, mas tornar as redes sociais a base destas revoluções é algo que discordo totalmente. Em 74 tivemos uma revolução portuguesa e nem internet havia... Pôs-se a tocar a Grândola Vila Morena e resolveu-se o problema!!

Uma coisa é certa, há muita gente a ganhar dinheiro com esta rede social, já nem vou falar do Mark Zuckerberg, refiro-me antes às várias empresas que já marcam presença no Facebook. A essas não interessa a utilidade real do Facebook, interessa-lhes estar presente, perto dos seus consumidores, disfarçarem-se de utilizadores comuns, influenciar o consumo de forma subliminar e conseguirem assim chegar ao tipo de consumidores que mais lhes interessa, que facilmente se identificam com os produtos e serviços que comercializam e que com a rapidez de um click já lhes estão a aumentar a facturação.
Fazem muito bem, as empresas, entenda-se.

O que pretendo defender é que o Facebook é algo que se alimentou a si mesmo, cresceu desmesuradamente e espanta-me o papel que passou a desempenhar na vida de muita gente. No futuro estou curioso para ver o que vai acontecer: irá desaparecer da mesma forma que apareceu, rápida e inesperadamente? Que outras funcionalidades poderá ainda vir a oferecer no futuro aos seus “aderentes”? Tornar-se-á num colosso da era da Internet fazendo a Google ou o Yahoo parecerem micro-empresas? A estreia em bolsa resultará noutra bolha dot-com?

Veremos, cá estarei para defender o meu ponto de vista e disposto a reconhecer que estava errado, se o futuro assim o provar.

Só para não parecer que sou do contra e que só digo mal, gostei mesmo do filme. Da interpretação e do argumento.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Queens Club Tournment



Se este não é o torneio de ténis com mais british style então não sei qual é! Roland Garros é grande mas este tem muito, muito mais estilo.
Este ano há duas novidades: o Andy Rodick joga com meias iguais às mulheres pelos tornozelos e com as pernas depiladas. Diz que estava farto de só olharem para a pernas da mulher dele. :) É só para vos mostrar que não é assim tão amaricado depilar as pernas!
Outra novidade: a Pippa Middleton está a marcar presença no evento e está a chamar mais a atenção que os próprios jogadores... É impressão minha ou esta tipa já é mais famosa que a irmã? Haja paciência!!
Quanto o torneio propriamente dito, só á destacar a eliminação do Del Potro diante de um tal de Mannarino. E só espero que o Nadal não vá muito longe para depois não chegar a Wimbledon cheio de peito.

Mais do que comércio

Vi este texto numa newsletter de uma loja de discos, a Flur. Parece que a última coisa que têm em vista é vender discos. E isto deve fazer com que vendam muitos discos. Pelo menos, a maneira como escrevem faz-me sempre ter curiosidade de ler em vez de deitar fora como faço com 99% das newsletters que recebo. Musica e reflexão. E às vezes penso, algo mais.

"novo capítulo nas nossas vidas,
mas também é verdade que a mudança de governo
pode significar, para muitos,
o mesmo que a mudança de ano:
é só o dia seguinte, nem mais nem menos.
a reflexão não é gratuita,
na medida em que cada vez mais aceitamos a história passada
como um fluxo contínuo, cumulativo,
de acções, reacções, com a única constante do tempo a passar.
é assim que, cada vez mais também,
recebemos a música que nos chega.
se o tempo dá perspectiva,
mais tempo dá mais perspectiva,
e assim parece natural apreciarmos de forma mais apurada
não só música feita há décadas
como também música nova que se reporta a décadas passadas.
trabalhamos com a escuta apurada ao mesmo nível para todos os casos,
a procura do que não conhecemos não tem limite de época,
e por isso apresentamos as nossas sugestões
sem excessiva preocupação de actualidade.
a semana é forte em propostas mais electrónicas,
uma casualidade que, no fundo,
obedece tanto ao timing dos discos que nos vão chegando
como às habituais fases por que passa toda a gente que ouve seriamente música.
divirtam-se na nova realidade mas não se esqueçam de que alguém
já fez ou disse mais ou menos aquilo que hoje fazemos ou dizemos.
o primeiro passo para uma fruição completa e humilde da música é reconhecer isso.
os hypes são obra do demónio."

PS: Já agora, Animal Colective, 27 de Julho no CCB...Anyone??

terça-feira, 8 de março de 2011