sábado, 2 de junho de 2012

A evolução dos telemóveis.


A propósito do lançamento recente do novo Samsung Galaxy III S e de alguma pesquisa sobre os actuais telemóveis que o mercado oferece, é engraçado reparar que os telemóveis topo de gama estão a crescer em tamanho e só a muito custo não estão a ficar mais pesados. Os topos de gama da Samsung, da RIM, da Nokia e da minha querida Apple são enormes e muitos deles pesadíssimos o que é no mínimo estranho se pensarmos que há 10 anos consideravamos que um bom telemóvel era aquele que seria leve (lembro-me de um Panasonic que pesava 83 gramas) ou pequenissímo (a Nokia tinha telemóveis tão pequenos que quase tínhamos de teclar com os dedos mindinhos). Ou seja, objectivamente um bom telemóvel teria (e tem?!) que ser necessariamente leve e pequeno/prático e ainda pudiamos acrescertar que teria de ter uma bateria de longa duração e outras características “pragmáticas”.

Claro que a evolução dos telemóveis trouxe-nos ecrãs com milhões de cores, acesso à net e muitas outras possibilidades mas o que pretendo dizer é que de certa forma a tecnologia (em particular nos telemóveis) não evoluiu necessariamente no sentido de nos facilitar a vida. Acho que não estou a exagerar se disser que, a partir de certo ponto, evoluiu no sentido de acrescentar potencialidades que servem de desculpa para trocar de telemóvel e colocar etiquetas de preços a rondar os EUR 600,00 ou mais. Por cada nova funcionalidade útil acrescentam-se 10 inutilidades…
Temos alguns exemplos flagrantes: a TV no telemóvel teve um fracasso estrondoso, a assistente pessoal Siri que o iPhone oferece não percebe a maioria das línguas e mesmo o inglês tem que lhe ser dito de forma muito lenta e com todas as letras, o Galaxy Note é enorme (duvido que caiba num bolso de um casaco e então no bolso dos jeans está fora de questão) e o Galaxy III S permite ver vídeos e escrever SMS’s em simultâneo (há alguma pessoa no mundo que consegue escrever e ver um video em simultaneo?).
Arrisco-me a dizer que no que diz respeito a telemóveis, a sua evolução está a ser mais lenta do que uma primeira análise puderia sugerir. A maioria das novidades são essencialmente características inúteis (ok, são cools, mas deixam de ser inuteis) para nos convenceram a trocar de telemóvel.
A tecnologia Near Field Communication (para os mais distraídos, consultem isto) será uma das poucas excepções e acho que irá explodir em muito pouco tempo, mas tirando isso não estou a ver grandes avanços significativos num futuro próximo.

Já agora, se os engenheiros da Apple ou a RIM estiverem a ler este post, façam um telefone que conjugue Dual Sim, com uma bateria que dure mais do que dois dias e com um carregador de bateria universal para todas as marcas! Não é pedir muito em troca de um aparelho que custa mais do que o salário mínimo nacional!
Ps: neste Outono deverá ser lançado o novo iPhone, nessa altura prometo criticá-lo impiedosamente! Só não prometo resistir-lhe… J