terça-feira, 31 de julho de 2012

O melhor emprego do mundo


No melhor emprego do mundo não se ganha o ordenado mínimo nem se é empregado de uma multinacional. Ou talvez não seja bem assim.
Há uns dias fui à Fnac de Santa Catarina e fui atendido por uma senhora com um sorriso contagioso, não naquele estilo lambe-botas/dá-me uma gorjeta mas sim com uma simpatia genuína de quem faz o que faz por gosto e tem intenção de prestar um serviço personalizado e melhor do que aquele que lhe é exigido.
Após uma curta conversa com a sua colega, desculpou-se por ter demorado a dar-me a sua atenção, disse-me que tipo de sanduíches tinham para o almoço e recomendou-me a sua favorita. (Garanto-vos que não estava a ser especialmente simpática comigo, vi que tinha este comportamento com todos os clientes).  Quando me entregou o meu pedido na mesa, pediu desculpa pela demora e disse-me que esperava que não tivesse prejudicado os meus horários! À saída interrompeu uma conversa para me desejar uma boa tarde.

Só posso concluir que esta empregada de balcão é uma daquelas raras pessoas que adora o que faz, fá-lo com profissionalismo e com um toque pessoal! Naquele momento não pude deixar de sentir alguma inveja dela, seguramente que o meu ordenado é melhor do que o dela mas com ainda mais certeza afirmo que ela se diverte mais no seu dia de trabalho do que eu e isso vale muitos zeros no recibo de vencimento. É preciso muita coragem para escolher fazer algo que gostamos muito em detrimento daquilo que nos dá (alguma aparente) estabilidade e segurança. Falo por mim.
Não sei se a senhora teve que fazer essa escolha ou simplesmente não teve escolha, mas que parecia feliz com o seu trabalho isso não há dúvida. Sortuda.