sábado, 17 de outubro de 2009
Exemplar...
Não deixem de ver um pouco do video, vale bem a pena!!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
“Nada na vida é tão certo como a morte e os impostos”
Penso que foi Einstein quem disse esta preciosidade... A última proposta do nosso brilhante primeiro ministro, de aumentar a tributação sobre as mais-valias de acções para 20% (actualmente é de 10%) foi a gota de agua, que me fez escrever este post.
O objectivo dos impostos é claro: receitas para o Estado, que concordo plenamente, e redistribuição dos rendimentos de uma forma mais equitativa, que já concordo menos mas pronto... Quanto à forma como esses impostos são implementados, deve passar por criar certos incentivos (ao trabalho, à poupança, a ter filhos) por um lado e penalizar actividades menos boas (poluição) por outro.
Ora, qual a ideia de tributar mais pesadamente as mais valias das acções? Muito simples, apontar baterias para os “capitalistas”, “os ricos” e os “especuladores” que causaram toda esta derrocada financeira... Seria de facto uma nobre ideia, é pena é que esteja completamente errada e distorcida!!!
Os depósitos a prazo são tributados em 20%, e querem tributar as acções na mesma percentagem?! Basta esta comparação para ver o ridículo da ideia, tributar de igual forma dois investimentos, o primeiro que não tem risco e o segundo com um risco elevado, mas penaliza-se os dois, através dos impostos, de igual modo. Mas há mais. Ambos, depósitos e acções, são fonte de financiamento para as empresas, algo fundamental numa economia e por isso deviam ser incentivados e não penalizados! O único argumento favorável que admito é que as acções estão isentas de tributação se o investimento for superior a um ano. Mas receio que extinguir essa benesse será o próximo objectivo do Estado...
Se continuam a querer tributar os “ricos” de uma forma mais pesada vai acontecer (e já está a acontecer) como no Reino unido, onde cada vez menos multimilionários têm residência e empresas têm as suas sedes. A EDP Renováveis tem sede em...Bilbau.
Ah e sabem qual a solução para os “papões especuladores” conseguirem ainda lucros com estas tributações mais elevadas? Mais alavancagem, ou seja, empurra-se o problema com a barriga...
Mas existe solução, e aqui volto ao incentivos e penalizações que os impostos podem dar. Penalizar fortemente a poluição, o tabaco, os alimentos altamente calóricos. Quanto a poluição, já se vê isso por exemplo nos automóveis e acho muito bem, não me queixo um bocadinho, se não gosto azar ando de bus, acho muito bem. Quanto ao tabaco também, mas devia ser mais. Não ando a trabalhar para tratar cancros de pulmão a fumadores, têm o direito de fumar, por isso têm também o dever de pagarem pelas consequências dos seus actos! Quanto aos alimentos altamente calóricos não existe tributação desse tipo em Portugal, mas no Reino Unido começa a surgir. O raciocínio é o mesmo, cada um come o que quer, mas não vou andar a pagar medicamentos de doenças crónicas a indivíduos que passaram metade da vida a comer chocolates como se fosse pão com manteiga. Vivemos em sociedade, devemos ser solidários. Mas entre a solidariedade e o paternalismo vai uma grande distância.
Ah, mas a vida é boa, se for comprar um Magalhães aposto que posso por isso no IRS na coluna de educação (??!!!) e não pago impostos que fixe...E nem me façam falar do Rendimento social de inserção...