Duas coisas sobre os
últimos acontecimentos.
Nas últimas
eleições gregas o facto que mais me espantou nem foi um partido de direita/conservador ganhar as
eleições num contexto tão “a jeito” para a esquerda. O que mais me espantou é
que, num país cujo PIB cai 5% ao ano, 38% da população não levantou o rabo do
sofá para ir votar. Secalhar levantavam mais depressa o braço para atirar
cocktails Molotov. De facto eles têm o país que merecem.
Hoje Mario Soares
disse que os problemas da Europa poderiam ser resolvidos se se fabricasse mais
moeda, dando mesmo o exemplo dos EUA e Reino Unido. Eh pah, como é que uma
solução tão fácil escapou aos economistas europeus?! Cada dia que passa gosto
menos deste politico. E desta vez ele falhou mesmo redondamente, por duas
razões principais.
A primeira é
porque a Joana, enfermeira e de apenas 25 anos, enquanto jantava comigo, já
tinha chegado e x a c t a m e n t e a
essa proposta/sugestão 2 meses antes do ilustre
ex presidente da república se lembrar disso, portanto já vem tarde e não
é original.
A segunda razão é
porque está errado.
Como tentei
explicar na altura à Joana, sem grande sucesso, imprimir notas tem o problema
da inflação. Os alemães conhecem bem isso nós felizmente nem tanto. Como li há
pouco tempo, a maneira mais simples de definir o que é a inflação é quando
chega um dia em que é indiferente enrolar um cigarro com mortalha ou com uma
nota de 500 euros, porque basicamente valem o mesmo.
Eu acho que
qualquer que seja a solução da Europa, vai passar por inflação. Saída do euro
ou intervenção do BCE com mais liquidez vão gerar inflação (sendo esta última
que os EUA e Reino Unido estão a experimentar).
Portanto é preciso
ter cuidado com as bujardas populistas que se manda, principalmente quando se é
visto como uma pessoa credível pela populacão em geral. Abusar da ignorância
económica das pessoas é feio. Ah e andar a 200 na autoestrada e depois não
querer pagar a multa também.