quarta-feira, 17 de junho de 2009
HOMENAGEM A PEDRO EMANUEL
Obrigado Pedro por tudo o que sempre deste ao clube e espero que continues a ser muito feliz desta feita ao serviço dos escalões de formação transmitindo a mística do clube que transportaste desde que entraste na nossa casa.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Fatwa
Ora isto não caiu bem com o Ayatollah Khomeini, o Líder Supremo do Irão (quem me dera ter este título) que decidiu aplicar-lhe como que uma pena de morte pública, uma fatwa, ou seja qualquer bom muçulmano, se o visse nas compras, deveria gentilmente pedir à sua esposa que segurasse nos sacos e deveria de seguida fervorosa e brutalmente matar o infiel. Por causa da fatwa o Rushdie teve que ser guardado 24/7 pelos serviços secretos durante 10 anos e mudou de casa 57 vezes, até aquela ordem ser levantada após a morte do Ayatollah pelo seu sucessor.
Ora eu contei tudo isto não para falar do Ayatollah, que eu até compreendo, ele deve ter tido um educação muito rígida, devia estar constantemente rodeado de barbudos, se calhar a sirigaita/"miúda mais inocente e bela da aldeia" não lhe ligava pevide e provavelmente cresceu numa sociedade que não recompensava o mérito :) - além de ser uma ditadura - pelo que se tornou um fanático, mesquinho, maldoso e queria que fossem todos tão infelizes como ele.
O que eu não compreendo é aqueles milhares nas manisfestações a exigir a morte do Salman Rushdie, os que mataram alguns tradutores dos livros dele e até um famoso cantor recém convertido ao Islão, o Cat Stevens, a lamentar-se num debate na TV por o boneco que aquelas multidões estão a queimar não ser o verdadeiro de carne e osso ali a arder. Como é que tanta gente se deixa levar e enlouquecer desta maneira, a esquecer os seus valores e os sentimentos dos outros e a não respeitar o direito à diferença? Por que será que dum livro onde diz que todos os viajantes que estejam de passagem devem ser recebidos com a máxima hospitalidade ou que introduziu algumas noções de Estado Social como pensões, os fiéis decidem retirar precisamente o pior, e em directa desobediência à sua religião (Islão significa paz, em português), exigir e cometer actos hediondos - será a chamada psicologia de massas, será a pobreza, o ócio, o quê?
Enfim, foi isto que me deu que pensar; Delindro, repara que nem me deu para debater sobre se é inteligente seguir uma religião organizada, falei apenas do aspecto da alienação.
Digam de vossa justiça.
domingo, 14 de junho de 2009
“Não me pagam para isto...!!”
O título deste post é um lamento que ouço muito, e curiosamente é (quase) sempre dito por pessoas com pouco sucesso profissional.
Alguém disse que o único sítio onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário e estava correcto, é óbvio que não te vão pagar bem se ainda não mostras-te o que vales, se ainda não produziste para te pagares a ti próprio ou se a empresa para a qual trabalhas não tem lucros suficientes para remunerar bem o seu pessoal.
Concordo que o abismo entre as remunerações das administrações das grandes empresas e do seus operários é, no mínimo, estúpida e deve ser reduzida mas é justo que sejam muito diferentes, as pessoas têm produtividades diferentes... Provavelmente se pedissem ao tipo que trabalha do handling da TAP para trocar com o seu CEO, o brasuca Fernando Pinto, (que deve ganhar 50 vezes mais), o tipo do handling não sabia gerir a empresa, ao fim de um ano metia baixa porque a pressão era muita e reclamava ao sindicato porque trabalhava mais do que as x horas estipuladas no seu contrato. O CEO, por seu lado, de certeza que iria implementar processos para melhorar a eficiência do handling, trabalhar dia e noite de forma a fazer-se notar perante o seu superior hierárquico, fazer uma pós-graduação em gestão organizacional e, com alguma sorte, dentro de alguns anos ele é que seria o superior hierárquico.
Em resumo, o que quero dizer é que acho que devemos lamentarmo-nos menos e trabalhar mais ou então não trabalhar mais mas também parar com as lamentações! Se não ganhamos o que (pensamos) que merecemos então é porque (1) ainda não tivemos tempo para mostrar o que valemos mas mais tarde ou mais cedo vamos ser reconhecidos ou (2) na verdade não somos tão bons como pensamos ser ou (3) erramos na profissão. Exemplos aplicados a mim para não dizerem que sou convencido ou arrogante:
(1) sinceramente acho que mereço mais do que ganho hoje e sei que daqui a alguns anos vão-me pagar isso, caso contrário, é natural que mude alguma coisa
(2) eu acho que tenho capacidades com valor mas se não as conseguir demonstrar ou se de facto estiver errado então não mereço mesmo um salário melhor nem vou arranjar um emprego onde me paguem melhor porque nenhum empregador me valorizará
(3) caso fosse médico ou tenista profissional ganharia muito mais mas como não tinha média, não gosto de medicina nem nasci com um jeito especial para fazer voleys ou passing shot’s, vou ter mesmo de me contentar com a economia
Já agora uma história interessante de um grande campeão: num certo dia o treinador do Lance Armstrong disse-lhe “Hoje não vamos treinar, está uma tempestade terrível lá fora e podes cair, é demasiado perigoso treinar hoje”. Atitude do sr. Armstrong: “Eu sei que hoje os meus adversários vão ficar em casa com medo da tempestade, portanto é um dia perfeito para treinar e preparar-me melhor que eles” e foi treinar perante a incredibilidade do treinador. Vocês já sabem o resultado desta mentalidade...
Só mais uma: “Não sei o que se passa comigo, quanto mais treino mais sorte tenho.”
Tiger Woods
Nota: isto são ideias minhas, não pretendo dar lições de moral a ninguém, ok?!