De facto os jornais financeiros começam a ficar cada vez mais superficiais como os diários generalistas. Agora é todos os dias “ouro sobe/dispara/ultrapassa/novo record/em máximos históricos” bla bla bla.... Clica-se na notícia e nada, não há uma explicação cabal. Encurtando a história para não me tornar chato, muitos interpretam a subida do ouro como refúgio dos investidores devido aos receios de inflação. Pois, mas o ouro tem valorizado face a todas as moedas por isso pode não ser por aí. Umas das explicações mais cabais ( e não é minha infelizmente) é que a valorização do ouro tem que ver com a perda de credibilidade do dólar. Porque, se o dólar perder credibilidade as outras moedas não ficam muito melhor vistas e o “back to basics” é o ouro meus amigos... Não éramos nascidos quando vigorava o padrão ouro, mas esse colateral do dólar funcionava não só como colateral propriamente dito mas também dificultava que os EUA ligassem a impressora e começassem a imprimir notas verdinhas!
Reparem, actualmente os EUA imprimem dólares, a China compra-os e com esses dólares compra.... Obrigações dos EUA. Ou seja os EUA recebem de volta os dólares impressos e ainda ficam com uns iuanezinhos, nada mau negócio!
No século XIX quem desvalorizasse o dólar ficava pendurado pelo gargalo. Hoje, Ben Bernanke arrisca-se no máximo a voltar a dar aulas para Princeton e no mínimo a mais um mandato na FED como prémio por ter salvo tantos bancos coitadinhos.
De volta ao ouro?
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