Ao longo do tempo vou vendo na política europeia alguns passos para a frente e alguns passos para trás.
Esta semana um político grego foi condenado a prisão perpétua por desvio de fundos públicos da Segurança Social, no valor de 17 milhões de euros. Apesar de ser muito dinheiro para aquele senhor, são trocos numa escala da contas públicas gregas ou de qualquer país. Mas o importante é que é um crime gravíssimo e aquela pessoa terá direito ao resto da vida na prisão. É um pequeno passo para a frente na vida daquele país, já que a melhoria da justiça é das reformas mais importantes que se podem e se devem fazer num país, estando ou não em crise.
Não se muda a mentalidade dos povos do sul da Europa (pronto, vão todos para o mesmo saco) de um ano para o outro, mas de uma década para a outra, mas temos de começar algum dia.
Por outro lado há coisas que têm de acabar um dia. Ia eu muito zen no meu passeio de bicicleta quando ao entrar no Terreiro do Passo deparo com a manifestação "que se lixe a Troika", onde falava uma senhora que não vi quem era mas parecia-me a coordenadora do Bloco de Esquerda. Independentemente de quem fosse que falava, pelo que fui forçado a ouvir durante o tempo que tentava escapar de lá, ouvi apenas frases fáceis, populistas, demagógicas.
Os políticos têm de ser responsáveis, não se podem servir da ignorância de alguns e do desespero de outros para ganhar votos. Independentemente das atuais políticas estarem certas ou erradas, haverá certamente outras com os seu méritos, que se poderão por em discussão. Agora dizer apenas o que as pessoas querem ouvir é meio caminho para acabarmos como os italianos.
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