quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Música




6 meses atrás e estava eu na Biologia na Noite, era mais uma conferência da edição de 2008 onde os titulos são sempre capazes de percorrer qualquer tipo de interesse...ia desde "Carcinoma do estômago" até "Kamasutra dos peixes".
Como sempre, tivemos direito a música clássica em cada conferência. Mas desta vez trocaram as voltas, como toda a gente se ia embora no fim da conferência resolveram colocar o momento musical antes da apresentação. E como é o povinho português quando está num sitio a fazer ou a ver algo contrariado? Toca a falar e falar e falar! Toca a desrespeitar!estão a tocar...deixa-os estar...estão entretidos!
Quando acabou alguém teve de se manifestar-o organizador-o Professor Amadeu, que disse algo que fez realmente sentido, que soou bonito, talvez por falar para uma plateia maioritariamente de biólogos, mas o que disse foi de uma clareza e constatação tão evidente que nunca mais me esqueci e talvez tenha sido por isso que agora tenho as minhas tardes de sábado ocupadas e tão desafinadas!
Bem, ele falou de música e ao mesmo tempo de biologia! Falou em divisão de música em compassos e do crescimento natural de uma planta por uma equação matemática. Falou nos diferentes ritmos musicais e a sua interferência com o estado de espirito humano. Falou sobre a calma dada por uma melodia doce até ao bater de palmas sincronizado e eufórico de uma música mais acelerada e mexida. Falou de músicas que marcam, que recordamos, que nunca mais esquecemos, que nos trazem pessoas e mesmos cheiros associados.
Mas do que mais gostei foi mesmo "o termos criado música". Desde a tribo mais primitiva até ao europeu mais sofisticado, ninguém vive sem música. Toda a gente canta e toda a gente consegue fazer ritmo. E criamos música!e conseguimos até reproduzi-la em papel para que alguém do outro lado do planeta consiga fazer a mesma melodia sem nunca ter ouvido essa mesma música! e somos o único ser vivo a criar uma linguagem só nossa, única, e que apenas transmite emoções e sentimentos.
E na música que lá (mal!) ouvi, lembro-me sempre de Aveiro e da ML a meu lado a falar e falar e falar como faz sempre:) e delas todas (da MJ, da E, e da T)...e Meu Deus... que saudades nossas!
(sim, agora para o fim deu-me pró sentimento!)

5 comentários:

João disse...

"ninguém vive sem música", até fico emocionado com isto, "músicas que marcam, que recordamos, que nunca mais esquecemos, que nos trazem pessoas e mesmos cheiros associados", isto é tão verdade, e adoro quando isso acontece, mesmo quando me lembro de maus momentos.
Já tive esta discussão, e há pessoas que ignoram essa sensação..pena para eles..não consigo compreender muito bem isso..

vodkat disse...

Bemmmm...nao poderia deixar de comentar este post tão profundo que eu em reconheço ter sido a Capsicum a escrever (acredito mais piamente que foi alguém que lho ditou)... Mas o que sei é que eu ESTAVA LA!! E claro que nao me lembro de nada do que o AmaDeus disse...nadica. Mas se tu te lembras ainda bem :) Ah, e eu só falava porque tenho sempre coisas importantes a dizer ao mundo... ou nao. Volto a referir, oh trenga, poe-te mas é no abião e anda até cá que isto de trabalho árduo não tem nenhum!! eheh E rodrigo leao é sempre muito bem escolhido!! Kiss*

ML

André disse...

Concordo, há poucas coisas tão simples (pelo menos aparentemente) e com uma capacidade tão grande de nos desligar do mundo e ligar a outro qualquer...

E particularmente esse recordar de pessoas e experiências, é muito bom :)

nini disse...

eu n estive, n vi esse "espetaculo", mas... Tb tenho saudades Nosas!!!

*

Inês Rosa disse...

:)